* Cultura de Goiatuba *: Rio Meia Ponte

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rio Meia Ponte - Nascente...

“Rio Meia Ponte - Nascente: Na fazenda Mato Dentro, no município de Itauçu, altitude de 1.000 m e extensão 471,6 km

Na bacia do Rio Meia Ponte podem ser encontradas fitofisionomias de Cerrado, Floresta Estacional Decidual e Semidecidual, e Áreas de Tensão Ecológica . Dentre as espécies mais comuns tem-se a Peroba (Aspidosperma cylindro), Canela (Aspidosperma pruinosum), Jequitibá (Cariniana estrellensis), Jatobá (Hymenaea courbaril), Angico (Piptadenia peregrina), Ipê Amarelo (Tabebuia serratifolia), Aroeira (Myracroduon urundeuva), Pau-terra (Qualea grandiflora), Lixeira (Curatella americana) e outras.

A bacia do rio Meia Ponte sofreu sérios problemas de desmatamento em decorrência da implantação de atividades agropecuárias. Atualmente, restam pequenos fragmentos de vegetação nativa que assumem grande importância na conservação dos recursos genéticos da fauna e da flora da região.”

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Jornal "Goias Interior"

Cultura – Após diversos alertas deste periódico sobre a falta de um organismo cultural no município, parece que o Poder Público entendeu que uma sociedade precisa de estrutura cultural para se manter viva.

Cultura I – Prova foi o envio do Projeto de Lei 2.215/11, enviado no começo do mês para a Câmara Municipal e aprovado esta semana pelos vereadores. O Projeto cria o Sistema Municipal de Cultura que inclui o Conselho Municipal de Política Cultural.

Cultura II – O Sistema terá como objetivo estabelecer e implantar políticas culturais de longo prazo, em consonância com as necessidades e aspirações da comunidade, incentivar parcerias para promoção da cultura, entre outros.

Cultura III – Com a criação do Sistema, a cultura ganhará uma estrutura para gerir a cultura, com Departamento Municipal, criação de unidades administrativas, Conselho Municipal, Comissões, Sistemas Setoriais (museus, espaço de memória, biblioteca, arquivo histórico).

Cultura IV – Os amantes e defensores da cultura goiatubense esperam que dessa vez não fique apenas no ensaio e no papel e que os investimentos necessários aconteçam.
http://www.goiasinterior.com.br

GRIFO NOSSO
Não foram somente as alertas, mas já vínhamos trabalhando a CULTURA de Goiatuba nas conferencias, congressos e seminários durante os primeiros anos de mandatos desse governo. Os artigos 9º, 10, 11 e 12 da Lei nº 2.524/2008 – de 30 de junho de 2008, que institui o Plano Diretor Democrático e Participativo de Goiatuba já antevia as leis que disporia sobre: O Sistema Municipal de Cultura e disporia sobre as diretrizes, composição e funcionamento do Conselho Municipal de Política Cultural; O Fundo Municipal de Cultura de Goiatuba e seu Conselho Gestor; O incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, no âmbito do Município; Reestruturaria o Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico que estabelece proteção do Patrimônio Histórico e Artístico de Goiatuba. Falta somente aprovar o Plano Municipal de Cultura, que é decenal.
De qualquer sorte, agradecemos ao jornal “Goiás interior” por reportar sobre esse assunto, A CULTURA DE GOIATUBA.

Homenagem à Cora Coralina

MULHER

Uma mulher anjo,
Que no tempo manso.
Descreveu por linhas
Das tuas fábulas e contos
Poemas e histórias minhas!

Uma mulher
Serena e fantasiosa
De olhares atentos.
Poetizando tuas andanças
Lendo todos os pensamentos

Romântica e carinhosa
Madura, cuja feição se faz no tempo,
Mulher de verdade, corajosa liberal.
Eterna no amor, pra alguns foi insana...
Ciumenta, antagônica e genial!

Descreveu por si só,
Teus adágios por vezes.
Anjos mil, alentos sobre linhas afora
De sobressaltos amores santos
Aninha de Goiás, nossa Cora.

Mulher da ponte.
Dos becos dos Buenos
Em traquejos, no seu modo de andar.
Dos sertões, dos meus amores.
Aninha feia, “no seu imaginar”

Aninha... Cora!

(Copyright by Wolney Tavares - filiado a União Brasileira de Escritores - Goiás)

Ao mestre Gabinatti

Pois,
Certos lhes pregaram o destino...
Assim foi o desejo do teu progenitor
Mas por ele mesmo, não quis
Nem a batina ambicionar.

Trajeitoso até no teu modo de falar
A enigmática figura de Gabinatti
Narrava histórias das tuas andanças.
Mistura divina de poeta, filósofo e profeta
Andarilho pelas veredas das distâncias.

Suas palavras atingiam o profundo
De todo coração de nossa gente
Iluminando por novos ideais
Um andarilho abençoado por Deus
D’um povo ávido de realizações

Naquele ermo de mundo sem fim
Um sempre viageiro ilustre andarilho.
Foi assim MANOEL GABINATTI
Dos ESPÓSITOS ESPOSITEL
Retornando ao passado da nossa gente.

Aquele conspícuo desconhecido
Mais versado... Como foi Gabinatti
Negou ser ordenado ao sacerdócio
Possuía a mania de escolher nomes
Aos lugarejos por onde teus pés pisassem.

Trazia consigo a mania de andar mundo afora
Trouxe aqui, tuas idéias de “Gwa yá tuba”
Goyázes desse nosso argentário meridião
Dos Buenos, desenhado pelo “Rio Meia Ponte”
Bandeirantes desse enigmático sertão!

Menor que teus sonhos não foi
A vontade de ver aqui, o pequeno “villarejo”
Relicário de São Sebastião das Bananeiras
Cultivada aos gentílicos que andrilhavam
Chamar-se Goiatuba, fora a tua vaidade!

Resumo histórico

Foi da rota dos desbravadores (Brasil império), originado das paragens, um acidente geográfico de fácil reconhecimento dos viajantes, mascates, homens de negócios e até mesmo aventureiros em busca da sorte que surgiu o Pouso das Bananeiras. Assim ficaram marcados os desígnios de uma futura e próspera cidade, Pouso das Bananeiras, nome batizado pelos mais antigos transeuntes e pelos tropeiros. Posteriormente, Arrayal de São Sebastião do Pouso Alegre, São Sebastião das Bananeiras, mais tarde, Bananeira (1931) e por fim Goiatuba (1.938). Principalmente o fim do ouro em Goiás (1.778), a facilidade para se adquirir terras férteis e baratas, o que mais contribuiu para chegada dos primeiros habitantes a nossa região. Em 1860, pessoas vindas de outras localidades, principalmente de Minas Gerais e São Paulo, chegaram e aqui se fixaram, tomando posse de terras para uma nova atividade econômica, principalmente a criação de gado e agricultura.
Em 1892, Manuel Vicente Rosa, Manoel Bernardo da Costa e Cândido Luiz de Castilho doaram uma gleba de terras do nativo, no valor de 59 $000,00 (cinqüenta e nove mil reis), destinada ao Santo Padroeiro São Sebastião para a formação do povoado. No mesmo ano, Manoel Vicente Rosa mandou que celebrasse a primeira missa, num rancho de palha, onde mais tarde foi construída uma capela. Com a aglomeração de casas em volta da capela, foi formado a Villa de São Sebastião das Bananeiras, localizado à margem direita do córrego Bananeiras. Com a construção da capela, e diversas casas nas suas imediações, ficou definitivamente criada a Villa de São Sebastião das Bananeiras.
Em 1.919, pela lei estadual nº 634 de 12 de junho voltou a pertencer ao município de Morrinhos, até 21 de janeiro de 1.931 quando pelo Decreto 627, foi elevado a categoria de município, conservando a mesma denominação. (Bananeiras).
1.920 – O Povoado possuía três ruas, sendo elas: Rua de baixo, Rua de cima e Rua do meio, foi nessa época que apareceu por aqui o andarilho Manoel Gabinatti e sugeriu que teriam que mudar o nome de Bananeiras para Goiatuba.
1.928 – Joaquim Cândido Marques (subintendente). Em 18 de abril, quando foi realizado o primeiro alinhamento e medição das ruas por Eduardo Mendes, serviço que custou aos cofres públicos o valor de 250$000 (duzentos e cinqüenta mil reis).
1.932 – Para facilitar a administração municipal, o prefeito Francisco Evaristo de Oliveira, baixado em 10 de janeiro o Decreto Municipal nº 17 denominando assim as ruas da vila; do nascente para o poente: indicada pelos nº pares – 2, 4, 6, 8 e 10; do sul para o norte: indicadas pelos nº impares – 1, 3, 5, 7, 9 e 11. Fica denominada Praça São Sebastião, o Largo onde se acha edificada a igreja do referido santo. (L277P10V).
1.937- Euzébio Gomes de Melo, apresenta a 1º planta da Villa, em abril, podendo ser aforadas as datas (lotes) (L275P6).
1.940 – A Prefeitura Municipal adquire a área doada ao padroeiro São Sebastião (igreja em 1.892) e disponibiliza as vendas das datas (lotes) aos seus aforeiros.
1.950 – “A cidade possui 14 ruas já bem cheias de casas e muitas outras em formação, com um traçado em quadras bem regulares, com linhas retas. Ruas bem alinhadas, espaçosas, praças bem feitas. Das ruas, 11 são iluminadas à luz elétrica. Das residências contidas 145 já eram beneficiadas com a luz elétrica.
José Maria Afonso Filho 1951/55 - 10º Prefeito sendo o primeiro eleito pelo voto livre e direto. Elegeu-se com grande votação. Nosso município teve em seu governo uma grande ascensão. Principais obras: compra de um novo gerador para aumento da nossa energia elétrica; escoamento das águas pluviais; criação de escolas rurais.

Copyright by – Wolney Tavares

Homenagem ao Rio Meia Ponte

Meu rio desce!

Por Wolney Tavares - União Brasileira de Escritores de Goiás

Lá vai meu remanso
Correndo chão a baixo
Brota das trilhas em pindoramas
Tuas cristalinas águas mil!

Desce ribeirinhas léguas
Ponte e meia, dito em reverso
Alcunhas das bandeiras vindas
Do senil Bueno dos Bartolomeus

Corre caudaloso e sereno...
Pra terras amenas do “meio sul”
Do norte surge, e vem desaguando
Pra divisa das “minas dos gerais”

É, o meu Rio Meia Ponte
Tão nobre, nas tuas ribeiras de Goiás
Mesmo que tu não vejas em alpestre
Esse rio doce, também corre em mim.

Nascendo coração viril
Do outeiro dos Brandões
Comuna promissora de Itauçu,
Rincão fidalgo do meu Goiás!

******************************************

Veja em:

http://meiaponte.org/poemas.php

Leis municipal

Lei nº 2.694/2011 – cria o Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Goiatuba.

Lei nº2.679/2011 – institui o Sistema Municipal de Cultura.

Lei nº2.684/2011 – institui o Fundo Municipal de Cultura e Conselho Gestor.

Lei nº2.686/2011 – dispõe sobre Incentivo Fiscal a Cultura.

Lei nº2.524/2008 - Plano Diretor Democrático Capítulo I – Artigos 9º ; 10 ; 11 e 12 “Patrimônio Ambiental, Cultura e Protegido e/ou Conservado da Zuna Urbana e Rural

PLANO MUNICIPAL DA CULTURA DE GOIATUBA

Construído a partir dos documentos extraídos da I Conferência Municipal de Cultura, que é o resultado do encontro entre sociedade civil e poder público.

O Plano Municipal de Cultura tem por objetivo instituir as políticas de cultura necessárias ao município de Goiatuba. Políticas estas, centradas em ações que busquem a valorização da cultura local e regional.

Daí faz-se necessário à elaboração e institucionalização de programas e projetos estratégicos em diversas áreas de atuação da sociedade, concretizando assim, a relação entre cultura e desenvolvimento. Entendendo-se cultura em todas as suas dimensões.

1 - Cultura como a dimensão simbólica da existência social de cada povo, argamassa indispensável a qualquer projeto de nação sustentável.

2 - Cultura como eixo construtor das identidades, como espaço privilegiado de realização da cidadania e de inclusão social e

3 - Cultura como fator econômico gerador de riquezas.

O Município de Goiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em conjunto com a sociedade civil e o Conselho Municipal de Cultura, define sua atuação a partir de estratégias norteadoras das Políticas Culturais nas áreas subseqüentes:

I. Cultura Popular

II. Livro, Leitura e Literatura

III. Dança.

IV. Música

V. Patrimônio material e Imaterial

VI. Teatro

VII. Artes Visuais

VIII. Cultura Digital

LEI MUNICIPAL N° 2.694/11 – de 23 de novembro de 2011

“Cria o Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico e estabelece proteção do Patrimônio Histórico e Artístico de Goiatuba, e dá outras providências”

Biênio – 2012 à 2013

Representantes da Sociedade Civil

Maria de Lourdes Silvério Hayasaki

Waldenísio Silva Santana

Walteir de Oliveira

Wellington Arantes do Carmo

Custódio Valdemar de Sousa

José Rubens da Silva

Representantes do Poder Público Municipal

Ivanilda de Fátima Coelho

Advair do Carmo Menezes

Wolney Divino Tavares

Gilberto Lemes Ferreira

Elísio Joaquim de Vasconcelos

Alessandra Marques de Sousa